segunda-feira, agosto 29, 2005

Interface

Com o tempo, a gente descobre que existem pessoas que viabilizam nossa convivência pacífica com outras pessoas. São como filtros, lentes cor-de-rosa.
Aos meus 12 anos, andava com duas amigas.
Nosso convívio pacífico sempre dependeu da presença das três: eu, Ana e Banana (os nomes foram trocados).
Banana não gostava de mim, mas era muito amiga de Ana.
Já Ana não agüentava Banana, mas era muito minha amiga.
Eu era muito amiga de Ana (ainda sou) e não me entendia muito com Banana, entretanto, era o elo entre ela e Ana.
Na verdade, cada uma de nós era o elo que permitia a convivência pacífica entre as outras duas.
Quando alguém viajava, dava briga.
Na volta, era aquela fofoca.
Daí voltavamos a andar juntas.
Foi assim durante toda a nossa adolescência.
Daí, cada uma foi para o seu lado.
Até que a gente se reencontrou.

sábado, agosto 27, 2005

Ocupado


Essa noite, fui para o outro quarto ler o meu livro (O nome da Rosa).
Claaaaro que peguei no sono lá.
"Acordei" às 5h20min da madrugada, me arrastei até minha cama e meu lugar estava ocupado.
Meu filhote chegou antes.
Voltei para o outro quarto e dormi até às 9h.
Meu filhote ainda dorme, lá, no meu lugar, com meu travesseiro!

sexta-feira, agosto 26, 2005

Tíbia

Primeiro foi o Matheus.
Domingo foi o Mika.
Depois foi toda a família.
Passei os últimos dias em Grimera.
Uma cidadezinha do interior onde não tem mais nada que fazer além de passear pelos campos e alguns desafios.
(Na foto é o booteco local).

sábado, agosto 20, 2005

Casar é trocar a admiração de vários homens pela crítica de um só.
Audrey Hepburn

quinta-feira, agosto 18, 2005

Playboy

Sempre fiquei constrangida de ler Playboy, mas agora chega disso.
Eu leio Playboy.
Sim, Playboy, aquela revista masculina de mulhar pelada.
Não pensem que sou uma sapata-tarada que bate siririca olhando a revista no banheiro.
Definitivamente, isso não teria nada a ver.
Óbvio que olho as fotos.
Acho umas mulheres bonitas, outras nem tanto.
Mas não foi por causa disso (ficar me justificando que leio a revista e tentando provar que não sou lésbica!) que resolvi escrever esse post.
Gosto da revista, me divirto com as coisas que eles escrevem, ponto.
Anyway,
nessa última tem todas as capas que já saíram (vi as capas das revistas da Xuxa, aquelas que a lenda urbana diz que ela mandou sumir com todas).
Eu e o Fabi ficamos olhando juntos ontem, ele me dizendo quais ele tinha comprado, quem eram as mulheres (muitas eu nunca ouvi falar).
Descobri que não sei como nem porquê meu marido me escolheu (esse era o ponto que eu queria chegar).
Todas as mulheres que ele apontou como maravilhosas não tem nada a ver comigo: são pitocas bundudas!
Também descobri que não temos o mesmo gosto, as que eu acho bonitas, ele nem olha.
Meu amorzinho gosta mesmo do tipo pitoca-bunduda, com aquela cara de boqueteira-vagaba.
Pelo menos já sei o tipo que eu preciso abrir o olho!

quarta-feira, agosto 17, 2005

Validade

Descobri que tem prazo para marido meu viajar:
4 dias!

5 dias já é sacrifício demais!
Tô beliscando azulejo!!!
Matando cachorro a grito!!
ou qualquer outra expressão que o valha!

Fabiano,
volta logo!!!!

terça-feira, agosto 16, 2005

A ilha

Assisti ao filme a Ilha.
Fiquei com uma sensação ruim depois que saí do cinema.
Estou me sentindo assim, "plastificada", até agora.
Entrei no Zaffari e tive a impressão que estava vivendo lá, no local do filme, na fábrica.
Cada vez que assisto um desses filmes em que as pessoas são criadas em um ambiente que não existe, tipo Matrix, Trueman Show, A Ilha, e tantos mais que já fizeram, me sinto assim.
Preciso me beliscar por horas e mesmo assim continuo me sentindo dentro de uma bola de vidro.
Vou buscar meu filho no colégio, isso me faz ver como nosso mundo é normal e nem tão perfeito assim.

ps.:
Vou aproveitar se vejo alguns pais bonitos por lá (ehhehehehe!)

sábado, agosto 13, 2005

Mulheres-adolescentes e homens bonitos III

Ela tinha 13 anos.
Ele vinte e poucos.
Ela estava na sétima série.
Ele fazia remo.
Ela andava de skate na calçada do prédio.
Ele fazia sua corridinha diária (sem camisa, corpo bronzeado, umas costas...).
Uma amiga chama e aponta para ele.
Ela esquece que está em cima do skate
fica olhando
e babando
e voando
e caindo
e rolando
e se estoporando!
Tamanho tombo que ele até parou de correr
veio ver se ela estava bem
Ela (com o cotovelo pingando sangue, mãos esfoladas e olhos cheios de lágrimas) finge estar bem.

quarta-feira, agosto 10, 2005

segunda-feira, agosto 08, 2005

Será que

Li num blog de uma amiga, serviu como uma luva para o dia de hoje e para muitos outros que já se passaram ou ainda estão por vir. Já li, ouvi e disse essas mesmas palavras tantas vezes que acho que não as direi mais. Hoje, ficam as palavras da Nadia:
"(...)
Atuar como personagem, posando, dá uma sensação de inadequação, como se tivéssemos que encobrir defeitos enormes, o que não é necessariamente verdade.
E ser "aceita" e/ou "amada" dessa forma, não gera a tranqüilidade que um amor ou uma relação devem gerar, dá é medo e um eterno receio de que seremos desmascarados.
Sabem por que digo isso? Por que não desejo á nenhum de vocês, tamanha cilada.
Não tentem agradar, tentem ser felizes, plenos, inteiros, íntimos e assim agradem!
Não tentem fazer de conta que alguma situação não lhes incomoda ou amedronta, digam, libertem a sensação viva, larguem a palavra, a dor, a dúvida, o amor e o que mais for preciso, na hora certa, na hora que "pintar", na dificuldade, não deixem emoção nenhuma represada, que por dentro ela se mistura, ela cresce e normalmente vira coisa muito pior.
(...)"

domingo, agosto 07, 2005

Arivels & Departures

Chegadas e Partidas
Uns vêm
outros vão
Tem gente que se atrasa, perde o vôo
Tem gente com malas coloridas
Tem gente com mala (e cueca) de cheia $$$$$
Alguns choram quando vão
Outros choram quando ficam
Eu gosto de viajar
Outros só viajam se precisarem mesmo
Àqueles que chegaram hoje, "bem vindos"
Àquele que partiu, "boa viagem, vai com Deus"
Adeus.

sexta-feira, agosto 05, 2005

Identidades

Fui com o Mika no TudoDifícil fazer nossas Carteiras de Identidade.
A dele é a primeira.
Meu filhote demorou horas para escrever seu nome.
Coisa mais linda!

Na hora de fazer a minha, me deu a maior tristeza.
Mudar meu nome.
Não aceito essa idéia.
Mudei porque fui forçada.
Continuo me sentindo mal por isso.
Sinto como se abandonasse meu filho, que tem em seus documentos eu, com meu nome original.
Sinto como se ele agora tivesse ficado sem mãe.
Não estou feliz com isso.

quarta-feira, agosto 03, 2005

Mulheres-adolescentes e homens bonitos II

Ferrugem, no verão
Ela e suas amigas caminhavam na parte seca da areia no final da tarde.
A conversa era tanta que ninguém se ouvia.
Todas falavam ao mesmo tempo.
Ela avistou-o, sentado vendo as ondas.
Ajeitou o cabelo, empinou tudo que Deus lhe deu e começou o desfile.
Nervosa, falava mais que as amigas.
Derrepente sua voz sumiu.
Ela também sumiu.
As amigas olharam ao redor:
Ela estava atolada na areia.
Tinha caido numa "armadilha" de crianças (aqueles buracos que as crias fazem na areia, fundos pra dedéu!).
Não deu outra, todo mundo riu.
Ninguém conseguia ajudar ela de tanta gargalhada.

terça-feira, agosto 02, 2005